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Pastor de São Paulo associado ao PCC é condenado a 84 anos de prisão por lavagem de dinheiro

O pastor é irmão de líder da facção e é dono de, pelo menos, sete igrejas usadas para lavar dinheiro

Geraldo dos Santos Filho, conhecido por Pastor Júnior, foi condenado a 84 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. O homem é suspeito de lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de igrejas evangélicas.

O pastor é irmão de Valdeci Alves dos Santos, conhecido como Colorido, um dos líderes da facção paulista. Na mesma sentença, o chefe do PCC foi condenado a 17 anos de reclusão. Além dos irmãos, mais cinco pessoas foram condenadas. Entre os acusados, Geraldo foi quem teve a maior pena. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.

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Geraldo já foi condenado antes por tráfico de drogas, e foi preso em 2019 em São Paulo fazendo uso de documento falso enquanto cumpria pena em regime semiaberto.

De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o grupo foi formado para lavar dinheiro por meio da aquisição e transmissão de imóveis, além realizar depósitos não identificáveis e distribuir dinheiro em espécie.

Segundo a sentença, “os réus dissimulavam e ocultavam a origem e propriedade de bens e valores oriundos dos crimes praticados por dois irmãos, em benefício de familiares e pessoas próximas a eles”. Até o ano passado, Valdeci e Geraldo haviam aberto, pelo menos, sete igrejas evangélicas em São Paulo e no Rio Grande do Norte.

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As investigações da Operação Plata começaram em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro. O esquema era liderado por Valdeci, que é originário da região do Seridó potiguar e era apontado, até 2022, como a segunda liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas.

A operação do MPRN foi desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com o apoio da Polícia Militar do RN e dos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba e, ainda, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Veja quem são os outros condenados na operação:

  • Gilvan Juvenal da Silva recebeu a pena de 23 anos e oito meses de reclusão e 87 dias-multa;
  • Valdeci Alves dos Santos, 17 anos, três meses e 20 dias de reclusão e 64 dias-multa;
  • Thais Cristina de Araújo Soares, 19 anos de reclusão e 70 dias-multa;
  • Lucenildo Santos De Araújo, 13 anos e seis meses de reclusão e 52 dias-multa;
  • Joaquim Neto dos Santos, 12 anos e oito meses de reclusão e 50 dias-multa;
  • Roberto dos Santos, 13 anos de reclusão e 50 dias-multa;
  • Geraldo dos Santos Filho, a 84 anos, 11 meses e 20 dias de reclusão e 299 dias-multa

*Sob supervisão de Enzo Menezes


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Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.
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