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Mais de 400 animais que foram retirados às pressas do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) de Nova Lima, no início de janeiro, após o transbordamento de um dique em mina da Vallourec, ainda não retornaram - e talvez nem retornem - à estrutura da entidade. Por estar localizado na área de risco em caso de rompimento da barragem da mineradora na região, o Cras ainda não retomou suas atividades e encontra-se parado e vazio. A coluna apurou que o Ibama pretende demandar que a Vallourec forneça uma nova estrutura, em outro local, sem riscos, para compensar o dano ao funcionamento do Cras.
Em 9 de janeiro, dezenas de animais, entre araras, papagaios, macacos, jabutis, rapinantes e cachorros do mato foram retirados do Cras e enviados a outros locais para serem tratados.
Ao todo, centros veterinários administrados pela mineradora Vale, criados como compensação pelo rompimento da barragem em Brumadinho, receberam 20 papagaios, 70 maritacas e periquitos, 6 macacos pregos, 100 tigres dágua e 30 jabutis. O Grupo de Resgate de Animais em Desastre (GRAD) recebeu 4 cachorros do mato.
O Condomínio Lagoa do Miguelão, que possui área para recolhimento de aves, recebeu 40 papagaios. Um mantenedor particular autorizado pelo Ibama ficou com 10 papagaios e 50 araras. Os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Juiz de Fora receberam 30 papagaios, 30 maritacas e periquitos e 6 rapinantes (gaviões e corujas). Já duas fazendas particulares ainda em aprovação do Ibama ficaram, cada um, com 15 urubus e carcarás.
Além dos viveiros dos animais e a parte administrativa do Cras, também foi afetado, na estrutura, o funcionamento de um clube recreativo da associação dos servidores do Ibama.