Após renúncia de vereadora, grupo petista tenta se manter ativo na Câmara de BH
Oficialmente, Sônia Lansky deixou o mandato por motivos de saúde, mas há dúvidas sobre as motivações que causaram a decisão

Sete meses depois da renúncia da vereadora Sônia Lansky (PT), que abriu mão de seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Belo Horizonte em março, o grupo político que atuava junto à petista tenta se manter em atividade mesmo fora do poder.
A "Coletiva", movimento petista que fez campanha para Lansky e atuava no modelo de co-vereança no mandato da parlamentar, se mantém ativa nas reuniões de bancada no Legislativo e nas discussões internas do PT, mas não teve nenhum de seus membros nomeados nos gabinetes de Macaé Evaristo (PT) e Pedro Patrus (PT). O segundo, a propósito, por ser o primeiro suplente, ganhou a vaga na Câmara após a renúncia de Sônia Lansky.
Oficialmente, a vereadora deixou o mandato por motivos de saúde, mas entre parlamentares e até na sua ex-equipe de gabinete há dúvidas sobre as motivações que causaram a decisão. Há quem acredite que problemas políticos dentro do PT possam ter contribuído para a renúncia. A decisão de Sônia Lansky, na época, pegou de surpresa até mesmo seus próprios assessores e co-vereadores. Poucos ainda mantém contato com a ex-vereadora.
Na interlocução com a bancada petista na Câmara, a propósito, a Coletiva tem defendido uma posição de maior enfrentamento à prefeitura: os vereadores, no entanto, se dividem quanto a postura a ser adotada. Patrus, até aqui, tem atuado de forma mais próxima de Kalil. Já Macaé Evaristo não mantém tanta proximidade do Executivo.
Segundo interlocutores, o grupo planeja lançar novas candidaturas nas eleições do ano que vem - também defendendo o modelo de mandatos coletivos.