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Um Independência lotado foi palco da decisão da 57ª Edição da Copa Itatiaia em uma partida eletrizante entre o São Bernardo, campeão da Chave Belo Horizonte, e o Frigoarnaldo, vencedor da Chave Metropolitana.
Sucesso de crítica e público, a Copa Itatiaia teve sua primeira edição na intertemporada de 1961/1962 para comemorar a primeira década da Rádio Itatiaia e, ainda, para incentivar o futebol amador e preencher o calendário futebolístico enquanto os profissionais estão de férias.
Logo em sua primeira edição, o sucesso foi tão estrondoso que a Rádio Itatiaia não parou mais de promover e realizar a competição.
Os Estados Unidos são os precursores de produtos esportivos. O público em geral pensa equivocadamente que nos EUA há somente as grandes ligas como a NBA (basquete) e a MLS (futebol).
Mas há outras ligas e competições de grande apelo local ou segmentado como a NASL (North American Soccer League) no futebol, que possui até uma equipe de Porto Rico, ou a NLL (National Lacrosse League) que é a principal competição de Lacrosse, esporte nativo americano jogado com uma bola de borracha pequena e um bastão com uma rede para capturar a bola e marcar uma espécie de gol.
Considerada a maior competição de futebol amador do Brasil, a Copa Itatiaia é um verdadeiro “case” de produto esportivo de sucesso que angaria grande público, audiência e patrocinadores.
Trata-se de um exemplo a nortear todo o mundo esportivo de que é possível haver competições fora dos grandes eixos, mas com apelo público e retorno financeiro.
Com a atuação do ‘Primeiro Time do Rádio’, a Itatiaia confere à competição que leva o seu nome cobertura digna de eventos de grande porte, pois a mesma equipe que cobre Copa do Mundo e Jogos Olímpicos está presente nos campos amadores de Belo Horizonte e Região Metropolitana para levar o melhor da competição para o público.
Com a Copa Itatiaia, a emissora conseguiu, ao mesmo tempo, preencher sua grade de programação esportiva durante a intertemporada, atrair anunciantes e promover o futebol amador. Em um mundo globalizado onde é mais fácil se ter informação e notícias de um atentado em Israel, do que do seu bairro, ou assistir a uma partida do Campeonato Chinês, do que de um clube do seu bairro, o sucesso da competição está no fato das grandes comunidades de Belo Horizonte e Região Metropolitana se “verem” ali.
No momento em que a maioria dos clubes profissionais consegue se manter em atividade somente por três meses, durante os campeonatos estaduais, a Copa Itatiaia mostra que existe futebol, público e produto além do Campeonato Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil.
A Copa Itatiaia deve ser um grande exemplo para os clubes do interior que podem criar ligas e competições de alcance local com o apoio de empresários, emissoras de rádio e TV regionais de forma a terem um produto rentável que viabilize a existência e a atividade dos pequenos clubes.
Por que não pensar, por exemplo, em uma Liga ou Copa do Triângulo com equipes de Uberlândia, Uberaba e Araxá no segundo semestre?
Há mais que uma dezena de canais de TV especializados em esporte e centenas de TVs e rádios locais sedentos de bons produtos e aptos a levar ao público a sua identidade local.
O Brasil é um país imenso e multicultura. Sem dúvidas, público e interesse midiático existem, basta acreditar e criar um bom produto.