Coluna do Emanuel Carneiro

Neste 28 de fevereiro o Cruzeiro volta a campo para jogar contra o Uberlândia, domingo, 10 da manhã, no Parque do Sabiá, pelo Campeonato Mineiro. Tudo acaba no dia 3 de maio se o time de Felipe Conceição (será que vai até lá) chegar à final.

O período do futebol local chega em boa hora para o presidente Sergio Santos Rodrigues e equipe pensarem na serie B de 2021, chance que o Cruzeiro não pode deixar escapar para voltar ao lugar que lhe pertence no grupo de elite e na história do futebol brasileiro.

A esta altura a grande torcida azul já deve ter compreendido a gravidade do momento atual com portas fechadas por todos os lados, salários e compromissos atrasados. Além de tudo isso, uma receita pequena muito longe das necessidades mínimas de sobrevivência.

O que traz esperanças é o tamanho do Cruzeiro. Sua nação de torcedores precisa ser provocada e cruzeirenses influentes, empresários de sangue azul que vibraram com as conquistas maravilhosas não podem mais esperar que as coisas aconteçam, pois não vai ser com venda de camisas e sócio torcedor que a entidade encontrará a saída da reconstrução.

O momento não é mais propicio para discutir quem errou ou acertou nos tempos recentes. Quem usou os cargos, fez trapaças, roubou o Cruzeiro deve ser punido com todo rigor da lei. Os erros nas contratações, nos salários astronômicos foram falhas de gestão e não há como pensar em recuperar os prejuízos. Resta pagá-los.

Há um trabalho gigantesco, diário, 24 horas por dia, só pensando num objetivo único, o time do Cruzeiro pode recolocá-lo nos trilhos. Assim, não se pode errar mais, mudar o discurso e embora o assunto cause arrepios na torcida, imaginar vender algum patrocínio, chamar parceiros, aliviar a dívida que já ultrapassa 1 bilhão de reais.

Muita coisa foi conseguida desde a saída de Wagner Pires e sua turma, mas agora o problema exige pressa. Pedrinho Lourenço sozinho não vai conseguir. Ele tem feito muito, mas tem limites pessoais e empresariais.

Boa sorte Cruzeiro, ‘tão combatido, jamais vencido” como diz o hino.

O mundo do futebol te espera ansioso.

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro