Protestos devem ser maiores após revelação que Bolsonaro promete fazer em live
É grande a expectativa entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para a revelação que ele prometeu fazer na live desta quinta-feira (29). Conversei com alguns políticos e movimentos de apoio ao presidente. Eles disseram que a adesão às manifestações de domingo (1º) já está em outro patamar e que os protestos devem ser bem maiores que o previsto.
Temendo que o resultado das eleições possa ser desfavorável, o presidente tem questionado frequentemente a segurança das urnas e tem pedido o voto impresso.
Bolsonaro disse que provará que Aécio Neves (PSDB) venceu as eleições de 2018, que disputou contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), através de uma demonstração de um "hacker do bem" – que vai mostrar que o sistema de votação no Brasil não é seguro –, mas o próprio tucano está quietinho.
Aécio chegou a defender uma auditoria por amostragem e a recontagem de votos em apenas 3% das urnas, mas não rendeu o assunto depois do anúncio da revelação que o presidente disse que fará.
Aécio não vai polemizar
Interlocutores de Aécio afirmam que ele não deve entrar nessa polêmica. O tucano já disse que aceita o resultado das eleições de 2018 e que não acredita em fraude.
Bolsonaro seguro
O presidente está muito confiante, segundo sua base de apoio, de que as pessoas que acreditam nas urnas eletrônicas ficarão convencidas de que elas são inseguras.
Eu confio nas urnas. O que Bolsonaro tem a mostrar precisa ser muito grave para ele não correr o risco se desgastar ainda mais.
Zema vetou parcerias com OS
A Assembleia Legislativa pode derrubar o veto. Pelo menos é nisso que acredita o autor do projeto, deputado estadual Professor Cleiton (PSB), que também fez o requerimento para a criação da CPI da Cemig.
Para recapitular: o projeto proíbe que o governo estadual faça parcerias com Organizações Sociais (OS) — associações privadas sem fins lucrativos — para a gestão de equipamentos públicos nas áreas de saúde, segurança e educação.
Isso atrapalharia muitos os planos do governo, que já tem parcerias com OS no sistema socioeducativo e também planeja fazer na saúde, para a gestão dos hospitais regionais, por exemplo.
Pedra no sapato
Esse projeto será uma pedra no sapato da relação do governador Romeu Zema (Novo) com a Assembleia e deve atrasar as votações de propostas no segundo semestre. Se quiser manter o veto, o Governo de Minas terá que fazer um trabalho forte de articulação no Legislativo.
Lembrando que, para votar qualquer projeto de lei, a Assembleia precisa votar, primeiro, os vetos do governador. Caso contrário, a pauta fica travada.