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Mapa barra entrada de patas de animais da África por risco de febre aftosa

Materiais estavam em bagagem de passageiro vindo de um voo da África

O serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, barrou a entrada de três patas com cascos fendidos - possivelmente de caprinos - em bagagem de passageiro vindo de um voo da África.

A apreensão ocorre no momento em que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) recebe, na França, a certificação de país livre de febre aftosa sem vacinação, conferida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A ocorrência comprova a importância da vigilância agropecuária brasileira, já que a introdução de microrganismos junto com o material encontrado poderia colocar em risco o rebanho nacional.

De acordo com o Vigiagro de Guarulhos, alguns países da África não possuem o status de livre de febre aftosa reconhecido oficialmente pela OMSA e enfrentam desafios no controle e erradicação da doença. Devido à ausência desse reconhecimento de áreas livres da doença, as exportações de produtos de origem animal desses países enfrentam restrições sanitárias em diversos mercados internacionais.

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Além do risco de introdução da febre aftosa, produtos como as patas apreendidas podem veicular outras doenças infecciosas de interesse pecuário. A mala com as patas não tinha qualquer identificação, por isso, não é possível determinar a origem, os tratamentos sanitários realizados ou o status sanitário do rebanho de onde vieram os animais.

Ainda segundo o Vigiagro, o material apreendido na última quinta-feira (5) não tinha nenhum cuidado na manutenção ou transporte. Esse tipo de produto não pode entrar no país sem a expressa autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde
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