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Medalhista olímpico nos jogos de Tóquio lança marca de café especial em SP

Aproveitando a veia empreendedora. Ítalo Ferreira transformou sua paixão pelos cafés especiais em negócio; saiba mais

Quem diria? O surfista brasileiro Ítalo Ferreira, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, é também um empreendedor nato que gosta de se aventurar em outras ‘praias’. Consumidor apaixonado pela bebida, o atleta lançou ontem (6) em São Paulo sua marca de café especial, a Stoke-Ed Coffee, cultivado numa fazenda da Chapada Diamantina, na Bahia. “Estou realizando um sonho. Meus pais e toda minha família sempre adoraram café e eu acabei me apaixonando também, desde criança”, conta ele.

A ideia de ter sua própria marca surgiu depois dele provar vários tipos diferentes (e incríveis) de cafés durante suas viagens ao redor do mundo. “Coloquei o projeto no papel durante uma viagem às Maldivas em 2020”, contou ele. Desde então, o surfista se envolveu diretamente em todo o processo de criação da marca Stoke-Ed, em parceria com a produtora Latitude 13. “Fui para a Bahia, estive na fazenda deles em Mucugê, provei todos os cafés e escolhi meu próprio blend”.

“Eu achava que café quanto mais preto fosse, melhor’

Ítalo contou que se impressionou com o processo de colheita que seleciona os melhores frutos, mecanicamente, e depois, manualmente, um a um. “Como não sou produtor rural, eu não fazia ideia do quão complexo é esse processo da lavoura à xícara. Eu não entendia nada, inclusive, achava que o café, quanto mais preto fosse, melhor. Agora, estou vendo que não, quanto mais claro, maior é a qualidade do fruto e da torra. Sigo aprendendo cada vez mais”.

Cor da marca foi inspirada na medalha

Suas duas paixões estão tão interligadas que a cor da medalha conquistada predomina na identidade visual da marca. “Escolhi o dourado no meio porque sou o primeiro surfista da história das Olimpíadas a conquistar uma medalha de ouro. E sou movido a desafios, então em 2021 coloquei a medalha como mais um objetivo na minha carreira e para a marca também. Como o projeto foi feito antes dos Jogos, eu tinha a obrigação de vencer, se não teria que alterar a cor da Stoke-Ed Coffee”, revela o atleta, que também escolheu o preto em referência à sua primeira prancha de surf.

E o nome do café? De onde veio a inspiração para Stoke-Ed? Ítalo explica que quando entrou para o circuito internacional do surf, mal arranhava algumas palavras em inglês

“Meu inglês era limitado e eu só sabia falar ‘Stoked’ (muito animado, amarradão) e para zoar meu sotaque começaram a me chamar de “ED”. Era pura brincadeira”. “Isso foi em 2019. Depois ficou tão forte pra mim o apelido que tatuei no braço e voltei para o Brasil entendendo que Stoked também era uma palavra muito representativa do sentimento que eu queria transmitir através do café”, relembra.

E ele, que também é sócio de um restaurante na Indonésia, avisa que não pretende parar por aqui. Outros negócios estão a caminho, como uma marca de pranchas. “Gosto de estar sempre fazendo coisas novas e ter outros projetos além do surfe”.

O Stoke-Ed Coffee já está à venda em em Fortaleza, Salvador e São Paulo, no mercado Santa Luzia. Também está disponível no e-commerce da Latitude 13 e, a partir do dia 10 de agosto, entra no Mercado Livre.

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Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.



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